Thursday 10 December 2015

Meia Maratona dos Descobrimentos 2015

Fui a achar que ia correr razoavelmente bem. Fiz a Maratona de Lisboa há mais ou menos um mês e tinha algum treino de base feito. Depois de umas semanas fracas comecei a correr com os Esquilos em Monsanto e apesar de fazer poucos km (em comparação com os treinos de preparação para a maratona em que faço uns 40 ou 50 por semana, nas semanas boas) estava a sentir-me bem. Ia a apontar para 1h45 a 1h40, que é o meu melhor tempo.



Encontrei o Zé Sampaio por enorme coincidência, na largada e ele ia fazer 1h45. Pensei, vou com ele e se estiver porreiro arranco. Mas na primeira subida uma enorme confusão de gente, a desviar-me de todos, ele ia de headphones e não percebi se preferia ir na dele. Avancei e andei depressa na subida. Depois deixei-me ir com o ritmo dos que estavam à volta, que não era mau.



Os primeiros km são os que custam mais. As pernas pesam, sinto o coração a bater com força, penso no pequeno almoço forte ou fraco de mais, parece que estou em dia não. Lembro-me de virar à esquerda em Algés e bater os pés de mais no empedrado. De olhar à volta e achar que o pessoal tinha ar de quem andava devagar, mas o relógio dava um ritmo aceitável. Acho que tenho a mania que ando muito rápido, quem anda abaixo dos 5' devia ter ar de profissional, mas há muita gente com ar pouco atlético a andar a 5' e bem abaixo! Segui, a controlar o ritmo para não me custar muito o final. Escondi o tempo do relógio e ignorei o bater dos km, fui atento só à zona de bpm, sempre abaixo do 4,5.



Passei o Cais do Sodré bem, o Terreiro do Paço, já com muito espaço para correr. Antes da volta de regresso comecei a sentir-me bem forte e deixei o corpo ir como lhe apetecia. E fui, fui, fui. Comi bastante gel, bebi alguma água, só aos 15 ou 16 km é que me começou a custar. Aí foi apertar para não baixar. Vi o tempo pela primeira vez à hora e vinte e oito e devia ir aos 19km. Percebi que podia fazer em 1h37, abaixo do record e aí é que começou a doer um pouco.



Arrranjei companhia para o final, puxei por um tipo que ia a ofegar pouco atrás e ele aguentou. Senti-me forte e arranquei, sempre a puxar por ele, mas deve ter durado uns 500 m! Depois foi ele, depois eu e por aí fora até que ao fim ele caiu um pouco. Voltámos a encontrar-nos e a cumprimentar-nos junto ao chá.



Mesmo no fim escolhi um tipo para o tentar apanhar, mas não deu. Acabei em 1h36 muito, muito contente!



Sequelas: dores nos tornozelos que ainda duram passado quatro dias. E uma moleza grande grande, hoje no treino dos Esquilos fui muito atrás e fiz as subidas a passo sempre que deu.





Tuesday 8 September 2015

Treino longo para a Maratona de Lisboa 2015

Ontem fiz um treino longo, ou melhor, O treino longo para esta preparação para a maratona de 2015. Nos últimos dias tenho tido pensamento mistos em relação a esta prova. Tenho gostado dos treinos de séries. Parecem-me bastante difíceis antes de os fazer mas depois levo-os ao fim e consigo fazer dentro dos ritmos a que me propôs, sem perder muito nas últimas séries. Esta parte sabe bem, assim como a sensação de que o plano de treinos realmente funciona a baixar a pulsação de base para os esforços.

Mas apetece-me nadar mais, fazer ginásio para fortalecer as costas e o tronco, e tenho saudades de remar. Enfim, quando escolho uma coisa perco as outras todas.

Ontem no treino longo, já atrasado, fiquei de rastos. Acabei aos 35km, exactamente onde tinha começado, mas a umas centenas de metros do carro. Arrastei-me até uma esplanada onde comi uma tosta e uma cerveja e consegui falar com a Mariana e queixar-me um bocado. Os últimos km foram mesmo a arrastar-me. Mantive o ritmo abaixo dos 6' mas com dores nas pernas, na anca esquerda, no pé direito. A parte cardio e respiratória foi tranquila, foram mesmo as pernas que lixaram. Os últimos km do percurso são miseráveis, na zona industrial do beato, sem referências a que me agarrar para ajudar a passar os km.

Enquanto corria pensava que é impossível fazer 5'/km, ou seja, três horas e meia. Se ir a cinco e meio já me custou, nem imagino como seria ir a cinco durante 42km. Parece-me chato seguir um plano de treinos que me parece bonzinho e não conseguir baixar dez minutos ao tempo, mas na verdade não comparei ainda o volume de treino nem a forma com que estava antes de começar a preparação específica. Se calhar em 2012 estava a remar mais. Também tinha menos três anos. Enfim, seja o que Deus quiser.

Também é verdade que fiz dois treinos de séries nos últimos dias, o último dois dias antes, com 15 séries de 400m, que me cansou bem. E o que me custou nesta corrida foram mesmo as pernas. 

Sei que pensei mesmo que nunca mais me meto numa maratona, mas vamos a ver o que me apetece.

Thursday 6 August 2015

Ritmos de corrida

Calculei os meus bpm, as zonas e ao ritmo de cada uma dessas zonas. Aqui está o resumo e abaixo o a´clculo completo.










































Começa em 
BPM  Pace Velocidade
Zona 2 153 5'44'' 10.47
Zona 3 162 5'4'' 11.86
Zona 4 169 4'43'' 12.74
Zona 5 180 4'24'' 13.64

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Lactate Treshold


Lactate Treshhold - LTP divide zonas 4 e 5, se passar para cima deste limite vou-me cansar rapidamente. Para calcular, é correr 30 minutos a abrir. O LTHR (bpm correspondente ao LTP) vão ser a média dos últimos 20'. Outra maneira de calcular é através de corridas.





Por exemplo, na 


corrida de Santo André em 2011, em que me esmerdei bastante, a média das bpm nos últimos 20 minutos foi de 180 bpm, enquanto que a média total foi de 176 bpm. 




  • Maratona do Porto em 2012 a média dos últimos 20' foi de 178, 

  • Meia Maratona de 2012 desse mesmo ano foi de 183 bpm. 

  • S. Silvestre dos Olivais de 2011 foi 188 bpm mas acho que deve ter sido porque me estourei no arranque e passei o resto do tempo a gerir! 

  • 20km Cascais-Lisboa, em 2011, foi 179 bpm.



Pois bem, vou assumir 180 bpm como o numero mágico.















Retirado daqui. Neste gráfico o LTP é 14 km/h e o BPM correspondente é 162 bpm (escala da esquerda). Não sei que raio é o LT.














Saturday 13 June 2015

Corrida 14km


A treinar para tentar a maratona de Lisboa 2015. Uma lesão comprida que ainda não me abandonou,  se é que o fará. Vou fazendo as coisas com cuidado mas atrevo-me a passar a barreira dos 14.


Vou no metro a caminho do Cais do Sodré de onde vou sair em direcção a Cascais. Talvez já uns dez meses quite não faço uma corrida aqui no rio.


Entretanto estou diferente.  Muito mudou neste ano em mim.  E muito está a mudar.  Quem vou ser em Outubro,  quer faça a maratona quer não faça. E não é a corrida que me muda, mas tem mudado para mim.  Sei que preciso deste cansaço,  hoje é noutros dias. Quero ficar espremido, seco e vazio que vem de passar duas horas em frente sem pensar, com o corpo a existir com muito mais força que a mente e o espírito. Vamos aquecer e começar.








Depois








Fiz os 14,5 km sem grande esforço e sem sequelas.  Pelo menos até agora. Amanhã veremos. Ou na próxima  corrida. Tentei manter o ritmo acima dos cinco mas só vendo o ficheiro posso ver a média. 


Fui sempre atento ao que estava a fazer e não cheguei a passar dificuldades. Soube bem e pouco mais.




Monday 19 January 2015

Simular o fecho de uma junta rochosa real

que foi digitalizada no scanner do Fablab da EDP. Testei como será o fecho da junta, que já não é rocha mas apenas uma matriz rectangular. Há uma foto aí abaixo, já com uns anos. Isto esteve a ganhar pó no disco, mas agora há que acabar o artigo.

Primeiro tenho de rodar a parte de cima e inverter os picos para vales e vice-versa. Depois ajustar as partes de cima e baixo para ficarem bem acasaladas: picos com vales e vice-versa. Depois, tenho de baixar o topo e ir medindo a área de contatco em toda a superfície.

Gráfico de fecho (a clássica hipérbole) e evolução do contacto nas figuras. Será que na revista (nãoposso dizer o nome) vão gostar?